Desprendendo-se de tudo que lhes era conhecido, dez religiosas inspiraram a coragem necessária para, imbuídas do espírito de proclamar o evangelho e oportunizar o acesso à educação, lançarem-se com destino a um novo país. Semanas após o princípio da travessia marítima e ferroviária empreendida para atender ao pedido feito por Frei Jacob Höfer – que descrevia o norte do Rio Grande do Sul como um local dotado de poucas e primitivas escolas, as quais eram frequentadas sem a assiduidade ideal, em função das grandes distâncias e das estradas por vezes intransitáveis -, as Irmãs de Notre Dame finalmente chegaram ao primeiro dos seus destinos.
Desembarcando na estação férrea de Passo Fundo, na gélida e chuvosa madrugada de 07 de junho de 1923, começaram, então, a escrever a história a ser comemorada pelas diferentes comunidades escolares surgidas a partir do seu pioneirismo.
No Colégio Notre Dame Ilha, por exemplo, a abertura das festividades alusivas ao centenário se deu em dois momentos. Reunindo toda a equipe pedagógica, bem como o corpo discente do educandário, eles possibilitaram que adultos e crianças revisitassem as origens da Congregação das Irmãs de Notre Dame. Para tanto, símbolos e cânticos lhes permitiram recordar a vida e a obra daquela que a vislumbrou.
Além de Júlia Billiart, foram lembradas as missionárias responsáveis por lançar em solo brasileiro as sementes da obra Notre Dame e, ainda, as centenas de religiosas que, nascidas no País, a permitiram perseverar.
Por fim, os participantes renderam graças pela trajetória secular, unindo-se em oração e entoando o cântico composto para marcar o jubileu.